quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Viver o momento ou dar sentido à vida?
Rubenfeld in A Interpretação do Crime
O que preferem: Viver o momento e serem felizes ou dar um sentido à vida?
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Corpo e Mente
O nosso corpo está cheio de articulações prontas a serem usadas, a nossa pele é super flexível e a nossa mente? O que é a nossa mente? Também é massa, uma massa cheia de poder e muito pouco usada. Massa compacta, sem graça mas ao mesmo tempo perfeita. É um encruzilhar de caminhos que vão ter a um nada que é tudo. Corpo e mente, uma fusão magnífica que constrói o mundo, mal usados, destroem-no... cabeça, pescoço, braços, mãos, dedos, bacia, ancas, pernas, joelhos, pés...tudo se move e o mundo move, nada para! É uma dança cheia de harmonia que vem de dentro para fora e de fora para dentro e tudo se move ao mesmo tempo e gira, gira, gira...corpo,mente,mundo!
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Castelos de areia
sábado, 17 de abril de 2010
Olho para o Infinito
Tenho receio de olhar para o que está à minha frente.
O que vejo à minha frente...muitas vezes assusta-me, desilude-me...
Quando olho para o infinito, imagino, imagino, imagino...
Imagino que o mundo é perfeito,
Os homens entendem-se, respeitam-se...
Estimam o que os envolve,
A Terra é o seu único habitat,
Se não se preocupam com ela é porque não se preocupam com eles próprios,
Se não se respeitam é porque não querem ser respeitados...
Eu...
Sou mulher, raça humana...erro mas tenho consciência do "eu" e do "outro"
Queria ser ainda melhor, mas como?
Como posso ser melhor se vivo num mundo em que se salve quem puder?
Em que é mais fácil comer e ser comido do que respeitar para ser respeitado...
Em que se resolvem os problemas recorrendo a métodos éticamente condenáveis.
Olho para esta realidade porque sou obrigada...não tenho alternativa, não consigo fugir.
Bem tento olhar para o infinito e olho, divago, deambulo, passeio, imagino, imagino e imagino...
Assim tento esquecer a realidade que se me apresenta e me assusta
Mas é com ela que tenho que lidar, tenho que a encarar e não me sai da frente.
Mais uma vez...
Marina a amante do impossível...
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Não existes...
Não existes mas desejo que o palpitar do teu coração faça parte do meu dia-a-dia;
Que seja a caixa de música que me embala num sono profundo que me leva a sonhar contigo
E que seja o despertador que me acorda todas as manhãs com uma melodia doce.
Adormeço contigo,
Acordo contigo,
De dia penso em ti
E à noite sonho contigo.
Não existes mas és parte de mim,
Minha sombra,
Minha companhia de noite e de dia,
Sol que me ilumina,
Lua que me guia,
Brisa que me acalma,
Luar que me envolve o corpo e a alma.
Sou um peixe, não sobrevivo fora da água.
Sou uma mulher, não sobrevive sem sol…
Tu és o meu Sol.
Não existes mas não deixo de ser lamechas,
Não existes mas não me sais da mente,
Não existes mas atingiste-me com as tuas flechas,
Não existes mas preciso de ti…
…aparece.
quinta-feira, 18 de março de 2010
Leveza...
Com danças leves como plumas
Pé ante pé
Com passos delicados
Sem pressas,
Com prudência,
Com os meus pezinhos de lã
Chego até ti,
Na tua face pouso um beijo doce
Tu adormeces no meu colo
Num sono meigo.
Lá me deixo estar
A olhar para ti…
Adoro ter-te ao pé de mim,
Fazes-me bem,
Tudo em ti é leveza,
É pureza,
É beleza,
Aprecio tudo o que seja belo,
Tudo o que me faça feliz…
Uma vida...um jogo...
Há dias muito bons, outros regulares e outros péssimos…a vida é um percurso inconstante, feito de etapas e cheia de regras a cumprir. Há níveis fáceis de ultrapassar mas há outros que nos levam muito tempo e esforço, o que interessa é nunca desistir, continuar sempre até chegar à glória.
Vivemos num jogo, nós somos os peões e passo a passo, jogada a jogada surgem coisas novas…por vezes voltamos ao início, outras vezes recuamos algumas casas ou ficamos sem jogar, mas em contrapartida, há outras vezes em que jogamos duas vezes seguidas e chegamos à meta mais depressa ou temos bónus que nos deixam felizes e motivados para continuar…momentos de azar, momentos de sorte…todo o ser humano, durante a sua vida, seja curta ou comprida, encontra momentos desses.
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Tempestade
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010
Quero...
Há momentos de fraqueza, é normal existirem...comigo tenho uma vassoura para os varrer, quando a vassoura não consegue varre-los recorro a um aspirador...Metafóricamente a vassoura é o meu ego e o aspirador são os meus amigos, aqueles que gostam verdadeiramente de mim, os que estão sempre dispostos a fazerem-me sorrir.
Quando o ego não nos indica um caminho, aliamo-lo ao melhor que temos e aí quase tudo é possível...tudo não,porque o impossível existe.
Marina a amante do impossível...
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjDzsXFa8TLKpP5J2oiPatY8LpEkUZ9k09fl-IP5g2JGAhItGzz4jHZL7obwO4QyNtyV-DBbG1l-_RRKYd3hpFxxS4KR96k59u-OlIgOjvAkXpe_m1RlfX1yKDCoLh1PxlXdtTbsuTVUZc2/s320/al_st_exupery07_le_petit_prince5.jpg)
Antes de mais...dispensem um minutinhos para lerem acerca desta obra e lerem o pequeno trecho transcrito. Destaquei aquilo que me chama mais a atenção. Dedico esta parte do meu blog a quem me sabe e soube cativar.
O Pequeno Príncipe, obra consagrada da literatura universal, é uma narrativa poética na qual o autor vai elaborando sua visão de mundo. Saint-Exupéry mergulha no próprio inconsciente e reencontra "a criança que existe em cada um de nós". No mundo dos adultos, essa criança teve de assumir diversos papéis, agindo como "um homem sério ou como um vaidoso, um dominador, um bêbado, um sábio, um trabalhador sem direito a um minuto de descanso...." E terminou por sufocar a visão poética que foi sua primeira relação com o mundo. O caminho para trazer de volta esta criança de lá do fundo do poço em que o autor se sente mergulhado é sofrido, porém maravilhoso.A obra devolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia-a-dia. Voltam ao coração escondidas recordações. O reencontro, o homem-menino. O Pequeno Príncipe demonstra que milhares de leitores já se tornaram "cativos" dessa viagem através do deserto e encontraram este personagem que lhes propõe alguns "enigmas" bem difíceis: "Para que servem os espinhos? O que quer dizer cativar?" E, a cada vez que ele voltar, não aceitará como resposta o silêncio, nem frases vagas e impensadas.Apesar da presença explícita de dois personagens e do registro de um diálogo entre o aviador e uma criança, diversos aspectos autobiográficos estão presentes nesta narrativa, publicada pela primeira vez em 1945. Através de imagens simbólicas, as passagens de ordem temporal, na vida do autor, estão ali presentes: casamento/separação, profissões, sonhos, decepções. Os dois personagens tornam-se representações do próprio Saint-Exupéry, num monólogo interior entre o "eu" e o "outro".
Trecho escolhido
E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho que se voltou mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita.
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o príncipe, estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho. Após uma reflexão, acrescentou:
- O que quer dizer cativar ?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro amigos, disse. Que quer dizer cativar?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa criar laços...
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo... Mas a raposa voltou a sua idéia:
- Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música. E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo... A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:
- Por favor, cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o príncipe, mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me! Os homens esqueceram a verdade - disse a raposa.
- Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
Amante do impossível
Gostava de ir de bicicleta até às nuvens, tocar-lhes, prova-las…
Gostava de passear sobre o oceano como se de terra firme se tratasse.
Gostava de contar todas as areias que existem no mundo.
Gostava de viajar até ao centro da terra.
Gostava de ser demasiadamente pequena e conhecer os seres mais microscópicos que possam existir.
Gostava de ser demasiadamente grande para poder observar este nosso mundo mesmo lá de cima.
Gostava de escorregar no arco-íris.
Gostava de conseguir gritar tão alto de modo a que todo o mundo me ouvisse.
Gostava de correr a 1000 km/h sem me cansar.
Gostava de dar passos de 1 km cada um.
Gostava de voar como um passarinho.
Gostava de viajar no tempo…conhecer o passado e o futuro…o que passou e o que virá?
Gostava de dançar sobre uma teia de aranha.
Gostava de conseguir levantar um elefante com um dedo.
Gostava de conhecer o universo e todo o mistério que o envolve…conhece-lo como quem conhece outro país ou outra cidade.
Gostava de fazer uma maratona às cambalhotas.
Gostava de saltar tão alto de modo a que pudesse tocar na Lua.
Gostava de chegar aos 120 anos em plena forma.
Gostava de conversar com os animais e plantas e receber resposta.
Gostava de poder acolher todas as crianças carentes do mundo.
Gostava que o dinheiro no mundo nunca faltasse.
Gostava de renovar o mundo…sozinha não consigo.
Gostava de perceber o que vai na mente de todo e qualquer ser humano…sobretudo daqueles mais estranhos.
Gostava de perceber os sonhos…porque existem? O que são? Alguns poderiam tornar-se realidade por mais estranhos que sejam.
Gostava de nunca sentir o medo, o desconforto, a doença, a insegurança, a raiva, o ódio, a infelicidade…não os queria conhecer.
Sou feliz? Sou
Sou infeliz? Às vezes
Sinto-me triste? Algumas vezes
Choro? Muitas vezes
Rio? Muitíssimas vezes
Zango-me? Algumas vezes
Sinto-me só? Algumas vezes
Perco-me nos pensamentos? Muitas vezes
Consigo alcançar o impossível? Nunca