quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Viver o momento ou dar sentido à vida?

Para reflectir: "A felicidade não tem segredos. Os homens infelizes parecem-se todos. Algum desgosto há muito sofrido, um desejo negado, um golpe no orgulho, uma reluzente centelha de amor extinta pelo desprezo - ou pior, pela indiferença - agarram-se a eles, ou o inverso, e, com isso, esses homens vivem envoltos no manto dos dias passados. O homem feliz não olha para trás. Não olha para a frente. Vive no presente.É aqui, porém, que reside a dificuldade. Há algo que o presente nunca pode dar: sentido. Os caminhos da felicidade e do sentido não são iguais. Para chegar à felicidade, um homem precisa apenas de viver no momento - precisa apenas de viver para o momento. Já se quiser sentido - o sentido dos seus sonhos, dos seus segredos, da sua vida -, um homem precisa de reabitar o seu passado, por muito sombrio que este seja, e viver para o futuro , por muito incerto. É assim que, à nossa frente , a natureza exibe felicidade e sentido, insistindo unicamente para que escolhamos entre eles."

Rubenfeld in A Interpretação do Crime

O que preferem: Viver o momento e serem felizes ou dar um sentido à vida?

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Corpo e Mente

O ser humano é um elástico, é uma massa que se molda.

O nosso corpo está cheio de articulações prontas a serem usadas, a nossa pele é super flexível e a nossa mente? O que é a nossa mente? Também é massa, uma massa cheia de poder e muito pouco usada. Massa compacta, sem graça mas ao mesmo tempo perfeita. É um encruzilhar de caminhos que vão ter a um nada que é tudo. Corpo e mente, uma fusão magnífica que constrói o mundo, mal usados, destroem-no... cabeça, pescoço, braços, mãos, dedos, bacia, ancas, pernas, joelhos, pés...tudo se move e o mundo move, nada para! É uma dança cheia de harmonia que vem de dentro para fora e de fora para dentro e tudo se move ao mesmo tempo e gira, gira, gira...corpo,mente,mundo!

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Castelos de areia

Areias sem fim, um nada que é tudo.
Grão a grão vai-se formando algo grandioso.
É areia sim, matéria morta, mas...entra no castelo, entra e verás...
Um mundo perfeito, o lugar dos teus sonhos, o teu refúgio cheio de vida e cor.
Areia acastanhada, cinza que se transforma numa paleta cheia de cores, num arco-íris. Bela imagem cria a minha mente à volta dos castelos de areia construídos por uma criança à beira mar, mãos inocentes que moldam aquela matéria morta e lhes dão vida.

sábado, 17 de abril de 2010

Amo a natureza...




Sou uma mulher do campo e orgulho-me de o ser...sinto-me bem rodeada pela natureza! As plantas, os animais, a água...são das melhores coisas que temos à nossa volta.
Façam tudo para que a natureza seja ainda mais bela do que é.


Olho para o Infinito

Tenho receio de olhar para o que está à minha frente.
O que vejo à minha frente...muitas vezes assusta-me, desilude-me...
Quando olho para o infinito, imagino, imagino, imagino...
Imagino que o mundo é perfeito,
Os homens entendem-se, respeitam-se...
Estimam o que os envolve,
A Terra é o seu único habitat,
Se não se preocupam com ela é porque não se preocupam com eles próprios,
Se não se respeitam é porque não querem ser respeitados...
Eu...
Sou mulher, raça humana...erro mas tenho consciência do "eu" e do "outro"
Queria ser ainda melhor, mas como?
Como posso ser melhor se vivo num mundo em que se salve quem puder?
Em que é mais fácil comer e ser comido do que respeitar para ser respeitado...
Em que se resolvem os problemas recorrendo a métodos éticamente condenáveis.
Olho para esta realidade porque sou obrigada...não tenho alternativa, não consigo fugir.
Bem tento olhar para o infinito e olho, divago, deambulo, passeio, imagino, imagino e imagino...
Assim tento esquecer a realidade que se me apresenta e me assusta
Mas é com ela que tenho que lidar, tenho que a encarar e não me sai da frente.
Mais uma vez...
Marina a amante do impossível...

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Não existes...


Não existes…
Não existes mas desejo que o palpitar do teu coração faça parte do meu dia-a-dia;
Que seja a caixa de música que me embala num sono profundo que me leva a sonhar contigo
E que seja o despertador que me acorda todas as manhãs com uma melodia doce.
Adormeço contigo,
Acordo contigo,
De dia penso em ti
E à noite sonho contigo.
Não existes mas és parte de mim,
Minha sombra,
Minha companhia de noite e de dia,
Sol que me ilumina,
Lua que me guia,
Brisa que me acalma,
Luar que me envolve o corpo e a alma.
Sou um peixe, não sobrevivo fora da água.
Sou uma mulher, não sobrevive sem sol…
Tu és o meu Sol.
Não existes mas não deixo de ser lamechas,
Não existes mas não me sais da mente,
Não existes mas atingiste-me com as tuas flechas,
Não existes mas preciso de ti…
…aparece.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Leveza...


Flutuo nas nuvens
Com danças leves como plumas
Pé ante pé
Com passos delicados
Sem pressas,
Com prudência,
Com os meus pezinhos de lã
Chego até ti,
Na tua face pouso um beijo doce
Tu adormeces no meu colo
Num sono meigo.
Lá me deixo estar
A olhar para ti…
Adoro ter-te ao pé de mim,
Fazes-me bem,
Tudo em ti é leveza,
É pureza,
É beleza,
Aprecio tudo o que seja belo,
Tudo o que me faça feliz…

Uma vida...um jogo...

Hoje tive um daqueles dias em que só me apetecia desaparecer por umas horas…cheguei a casa exausta, reflectindo sobre o meu dia, o que fiz bem? o que fiz mal? Será que errei?... sinceramente acho que não falhei em nada, mas senti-me impotente para resolver uma situação muito delicada…mas consegui resolvê-la e isso é que conta.
Há dias muito bons, outros regulares e outros péssimos…a vida é um percurso inconstante, feito de etapas e cheia de regras a cumprir. Há níveis fáceis de ultrapassar mas há outros que nos levam muito tempo e esforço, o que interessa é nunca desistir, continuar sempre até chegar à glória.
Vivemos num jogo, nós somos os peões e passo a passo, jogada a jogada surgem coisas novas…por vezes voltamos ao início, outras vezes recuamos algumas casas ou ficamos sem jogar, mas em contrapartida, há outras vezes em que jogamos duas vezes seguidas e chegamos à meta mais depressa ou temos bónus que nos deixam felizes e motivados para continuar…momentos de azar, momentos de sorte…todo o ser humano, durante a sua vida, seja curta ou comprida, encontra momentos desses.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Tempestade

Dias tempestuosos lá fora e cá dentro…saio, tento transmitir luz áurea, entro e sopra o vento, cai chuva, troveja…oiço o ribombar dos raios, assustam-me, é verdade, mas logo se vão e aparece o arco-íris, cores que me alegram e me seduzem, me encaminham para o sonho, o sonho do perfeito. E o Sol? Esse aquece-me, aconchega-me e ilumina-me, maravilhosa sensação de conforto…como se fossem os braços de um amado a envolverem-me para me reconfortar a apaziguar os medos…tenho saudades dos braços de alguém que me ame!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Quero...

Quero, desejo mas não posso, não posso e não posso...há coisas que não estão nas minhas mãos. Que pena...sou invadida por pensamentos desconcertanres...aiiiii como gosto de sonhar, como gosto de dormir sem ter que pensar nos problemas da vida.
Há momentos de fraqueza, é normal existirem...comigo tenho uma vassoura para os varrer, quando a vassoura não consegue varre-los recorro a um aspirador...Metafóricamente a vassoura é o meu ego e o aspirador são os meus amigos, aqueles que gostam verdadeiramente de mim, os que estão sempre dispostos a fazerem-me sorrir.
Quando o ego não nos indica um caminho, aliamo-lo ao melhor que temos e aí quase tudo é possível...tudo não,porque o impossível existe.
Marina a amante do impossível...

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O Pequeno Príncipe, de Antoine de Saint-Exupéry


Aqui deixo algo que não foi escrito por mim mas que achei interessante. Já conhecia esta obra e sempre me chamou muito a atenção sobretudo a parte do texto que está transcrita mais adiante...o que é cativar? Lá fala-nos um bocado acerca deste conceito.
Antes de mais...dispensem um minutinhos para lerem acerca desta obra e lerem o pequeno trecho transcrito. Destaquei aquilo que me chama mais a atenção. Dedico esta parte do meu blog a quem me sabe e soube cativar.

O Pequeno Príncipe, obra consagrada da literatura universal, é uma narrativa poética na qual o autor vai elaborando sua visão de mundo. Saint-Exupéry mergulha no próprio inconsciente e reencontra "a criança que existe em cada um de nós". No mundo dos adultos, essa criança teve de assumir diversos papéis, agindo como "um homem sério ou como um vaidoso, um dominador, um bêbado, um sábio, um trabalhador sem direito a um minuto de descanso...." E terminou por sufocar a visão poética que foi sua primeira relação com o mundo. O caminho para trazer de volta esta criança de lá do fundo do poço em que o autor se sente mergulhado é sofrido, porém maravilhoso.A obra devolve a cada um o mistério da infância. De repente retornam os sonhos. Reaparece a lembrança de questionamentos, desvelam-se incoerências acomodadas, quase já imperceptíveis na pressa do dia-a-dia. Voltam ao coração escondidas recordações. O reencontro, o homem-menino. O Pequeno Príncipe demonstra que milhares de leitores já se tornaram "cativos" dessa viagem através do deserto e encontraram este personagem que lhes propõe alguns "enigmas" bem difíceis: "Para que servem os espinhos? O que quer dizer cativar?" E, a cada vez que ele voltar, não aceitará como resposta o silêncio, nem frases vagas e impensadas.Apesar da presença explícita de dois personagens e do registro de um diálogo entre o aviador e uma criança, diversos aspectos autobiográficos estão presentes nesta narrativa, publicada pela primeira vez em 1945. Através de imagens simbólicas, as passagens de ordem temporal, na vida do autor, estão ali presentes: casamento/separação, profissões, sonhos, decepções. Os dois personagens tornam-se representações do próprio Saint-Exupéry, num monólogo interior entre o "eu" e o "outro".

Trecho escolhido

E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho que se voltou mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho. Tu és bem bonita.
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o príncipe, estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa. Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho. Após uma reflexão, acrescentou:
- O que quer dizer cativar ?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro amigos, disse. Que quer dizer cativar?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa. Significa criar laços...
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens necessidade de mim. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo... Mas a raposa voltou a sua idéia:
- Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música. E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo... A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:
- Por favor, cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o príncipe, mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me! Os homens esqueceram a verdade - disse a raposa.
- Mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"

Amante do impossível


Sou amante do impossível…
Gostava de ir de bicicleta até às nuvens, tocar-lhes, prova-las…
Gostava de passear sobre o oceano como se de terra firme se tratasse.
Gostava de contar todas as areias que existem no mundo.
Gostava de viajar até ao centro da terra.
Gostava de ser demasiadamente pequena e conhecer os seres mais microscópicos que possam existir.
Gostava de ser demasiadamente grande para poder observar este nosso mundo mesmo lá de cima.
Gostava de escorregar no arco-íris.
Gostava de conseguir gritar tão alto de modo a que todo o mundo me ouvisse.
Gostava de correr a 1000 km/h sem me cansar.
Gostava de dar passos de 1 km cada um.
Gostava de voar como um passarinho.
Gostava de viajar no tempo…conhecer o passado e o futuro…o que passou e o que virá?
Gostava de dançar sobre uma teia de aranha.
Gostava de conseguir levantar um elefante com um dedo.
Gostava de conhecer o universo e todo o mistério que o envolve…conhece-lo como quem conhece outro país ou outra cidade.
Gostava de fazer uma maratona às cambalhotas.
Gostava de saltar tão alto de modo a que pudesse tocar na Lua.
Gostava de chegar aos 120 anos em plena forma.
Gostava de conversar com os animais e plantas e receber resposta.
Gostava de poder acolher todas as crianças carentes do mundo.
Gostava que o dinheiro no mundo nunca faltasse.
Gostava de renovar o mundo…sozinha não consigo.
Gostava de perceber o que vai na mente de todo e qualquer ser humano…sobretudo daqueles mais estranhos.
Gostava de perceber os sonhos…porque existem? O que são? Alguns poderiam tornar-se realidade por mais estranhos que sejam.
Gostava de nunca sentir o medo, o desconforto, a doença, a insegurança, a raiva, o ódio, a infelicidade…não os queria conhecer.


Sou feliz? Sou
Sou infeliz? Às vezes
Sinto-me bem? Muitas vezes
Sinto-me triste? Algumas vezes
Choro? Muitas vezes
Rio? Muitíssimas vezes
Zango-me? Algumas vezes
Sinto-me só? Algumas vezes
Perco-me nos pensamentos? Muitas vezes
Consigo alcançar o impossível? Nunca

domingo, 22 de novembro de 2009

Sempre connosco...Adoro-te.


As palavras que te queremos dizer não caberiam, nem no espaço imenso que ocupa o céu, porém, tu estás nessa imensidão e permanecerás para sempre no nosso coração. São tantas as boas recordações que temos da nossa infância, eram tão bons aqueles tempos, cada vez que nos recordamos das peripécias do nosso trio, dá-nos vontade de rir, sentimo-nos felizes apesar da enorme tristeza que nos invade neste momento. Com isto queremos-te apenas dizer, que apesar do pouco tempo que estives-te connosco foram anos em que as recordações jamais se vão apagar do nosso pensamento. Ah, nós depois vamos-te fazendo visitinhas para pôr a conversa em dia, eu sei que de onde estás vais-nos ouvir e não é por teres partido para outro lado que vamos deixar de te ir visitar, afinal de contas continuamos a ser amigos.
Beijos eternos das tuas sempre amigas Eliana e Marina.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Peça de Teatro "Inês Negra"


Representação da Lenda de Inês Negra nas muralhas de Melgaço dia 16 de Agosto pelas 21:30.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Vicent Van Gogh 1853-1890

















Vou dedicar um pequeno espaço do meu blog a este grande pintor...admiro este artista pelo seu trabalho e acho curiosa a sua maneira de ser, um tanto ou quanto estranha.

Vicent van Gogh era um rapazinho tímido, introverido e solitário, com um grande gosto por flores, árvores e insectos, aliás, era muito ligado à natureza.

É descrito pelos familiares como possuindo um temperamento difícil, era estranho...vou descrever aqui umas passagens da sua infância que ilustram um bocado o seu temperamento.

Um dia, quando ele tinha 8 anos e estava a modelar barro com o irmão Theodore, este gritou entusiasmado: "Que maravilha! Olhem o elefante que o Vicent fez!" O pai também exclamou "Extraordinário! Herdaste a habilidade da tua mãe...". Por causa deste elogio da família ele destruiu a sua obra.

Também aconteceu o mesmo com o desenho de um gato de que a mãe gostava muito.

Este grande artista nasceu na Holanda, em 1853, e era filho de um pastor protestante. Foi um dos maiores pintores de sempre. Foi também um extraordinário desenhador e um grande epistógrafo (escreveu cartas). Nessas cartas ele descreve os seus sentimentos, paixões e dificuldades.

Começou a trabalhar aos 16 anos, passando por várias experiências profissionais, entre as quais a de envagelista numa aldeia de mineiros, na Bélgica, onde chegou ao ponto de se entregar totalmente, a si e aos seus bens. Mas isto não o satisfez e regressou à sua terra em 1881. Nesta altura decidiu ser artista e trabalhou neste campo 10 anos e foi nestes 10 anos que ele pintou os seus 2500 quadros!

Estes 10 anos anos dividiram-se em várias fases:

1ª A do holandês com obras de carácter realista, brutal e deprimente;

2ª A de Paris com trabalhos impressionistas em que se dá mais valor à cor e à forma do que ao pormenor;

3ª A que foi influenciada por Gauguin, com numerosos retratos;
4ª Nos últimos anos da sua vida pintou paisagens nocturnas e tempestuosas. Mas a verdadeira tempestade teve lugar no seu cérebro. A sua angústia, mal-estar e inconformismo, levaram-no à loucura e teve que ser internado num asilo psiquiátrico. A sua loucura chegou a um ponto que quando se zangou com Gauguin cortou uma orelha (daqui veio o nome da banda espanhola La Oreja de Van Gogh) e em 1890 meteu uma bala no peito que o levou à morte.

Algumas das suas obras mais conhecidas são: A Noite Estrelada, Barcos de Vela na Praia, Trigal Amarelo, Os Girassóis, Relesiana, Auto-retrato com pipa e chapéu de palha.

Parte das suas obras estão expostas no Museu Vicent Van Gogh, em Amsterdão e outras estão na mão de coleccionadores.

sábado, 11 de julho de 2009

Um final feliz


Há uns dias a minha irmã ligou-me enquanto estava na escola a dizer-me: "Olha Marina, está aqui na escola uma cadelinha tão fofa, tão bonita...axo que está perdida ou abandonada mas ninguém pode ficar com ela! Será que a posso levar para casa?" e assim foi...trouxe a cadelinha para casa, realmente era lindaaaa, uma fofura, como é que alguém poderia abandonar um animal tão doce como este? A minha mãe também a adorou e já se estava a afeiçoar a ela. No dia seguinte a minha mãe foi comprar comida para ela e numa conversa com uma amiga descobriu que a cadela se tinha perdido e que os donos andavam à procura dela, posto isto, fizemos o que axamos mais correcto, entregamo-la aos donos, estes agradeceram-nos imenso e até disseram que quando ela tiver filhotes um deles vai ser para nós...e não é que pelos vistos enquanto ela andou perdida engravidou! :)

Aproveitando esta história que lançar um apelo...muita gente neste tempo quer ir de férias e abandona os animais porque são um fardo...OS ANIMAIS NÃO SÃO OBJECTOS, POR FAVOR NÃO OS ABANDONE! As pessoas préviamente têm que pensar se realmente querem ter animais e se têm condições para os ter. Mais uma vez, NÃO AOS MAL TRATOS E ABANDONO DE ANIMAIS!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

A extinção do amor


Ultimamente tenho vindo a reflectir sobre este tema...será que o amor ainda existe?hummm...na minha opinião ele existe mas está em vias de extinção. Hoje em dia, de um momento para o outro uma pessoa conhece outra, diz que se apaixona e atira logo para o ar freses e palavras do género "AMO-TE", "És a minha vida", "Sem ti não sou ninguém", "És linda, como tu não há nenhuma"...patati patata...lamechices...sentimentos muito fortes para serem ditos de qualquer maneira, falta é o verdadeiro sentimento, os verdadeiros actos de amor, carinho, compreensão! Ao início tudo é muito bonito, por vezes exagerado mas quando as pessoas se começam a conhecer uiiii lá se vai o entusiasmo todo, por isso é que cada dia as pessoas apostam mais nas relações liberais porque o verdadeiro sentido do AMOR está-se a perder...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Peça de teatro "Santo Homem"



Peça interpretado pelo grupo de teatro amador “Os Simples”,adaptado da obra “Tartufo” de Moliére -----» dias 3 e 4 de Julho às 21h30 e dia 5 às 16h30 na Casa da Cultura de Melgaço.

Obrigada a todos os que assistiram à peça :)

terça-feira, 12 de maio de 2009

LOIRAS, MORENAS...E AS RUIVAS?


Sou ruiva e orgulho-me de o ser, adoro a cor do meu cabelo, é uma das coisas que mais gosto em mim…partindo daqui e partindo de algumas conversas que por vezes oiço sobre "que tipo de rapariga é que os rapazes gostam mais?!" decidi escrever algo sobre o assunto. Pelo que tenho constatado, a maior parte dos rapazes prefere as loiras. Porquê?! Não sei ao certo, mas normalmente quando se pergunta isto a um rapaz as loiras destacam-se, apesar de alguns acharem as morenas com um ar mais exótico! No entanto, sempre achei que as ruivas fossem um bocado postas de parte, pois são raras mas as que existem são bastante bonitas (modéstias à parte :P)!...é bom ser raro, é diferente, peculiar…

VIVA AS RUIVAS…sem desfazer as loiras e as morenas claro.

A ilusão das aparências

Vou lançar aqui uma expressão para reflectirmos um pouco…”Uma imagem vale por mil palavras.” Será que esta expressão se aplica sempre, em toda e qualquer ocasião?
Uma imagem pode ser muita coisa, não tem que ser algo estático…por exemplo, imaginemos que conhecemos uma pessoa linda fisicamente, o primeiro impacto é a sua imagem, aquilo que vemos, mas se as suas palavras não têm nada de interessante, nada que nos cative, essa imagem perde grande parte do seu valor…assim como pode acontecer o contrário, a imagem se calhar não nos agrada, não nos diz o mínimo mas se as palavras forem as melhores…é caso pare dizer “a palavra vale por mil imagens” e essa pessoa pode parecer-nos a melhor do mundo só pelo que diz.
Posto isto, quantas vezes nos recusamos de conhecer as pessoas por causa da sua aparência? É muito comum isto acontecer, excluir alguém por causa das suas características físicas.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Sonho de Mãe Negra

Mãe negra
Embala o seu filho
E esquece
Que o milho já a terra secou
Que o amendoim ontem acabou.

Ela sonha mundos maravilhosos
Onde o seu filho irá à escola
À escola onde estudam os homens

Mãe negra
Embala o seu filho
E esquece
Os seus irmãos construindo vilas e cidades
Cimentando-as com o seu sangue
Ela sonha mundos maravilhosos
Onde o seu filho correria na estrada
Na estrada onde passam os homens

Mãe negra
Embala o seu filho
E escutando
A voz que vem do longe
Trazida pelos ventos

Ela sonha mundos maravilhosos
Mundos maravilhosos
Onde o seu filho poderá viver.


Marcelinho dos Santos (Kalungano) - Moçambique

"O preço duma criança"


Este artigo vem em sequência de um livro que li há uns meses que apesar de ser muito chocante aconselho vivamente a que o leiam...infelizmente aquilo que relata não é fixão, é pura realidade. O próprio título já nos dá uma ideia do assunto - O preço duma criança - Uma criança tem preço? Quanto vale um ser indefeso?Porquê "comprar" ou "alugar" uma criança?
Neste livro é-nos relatado como as crianças são raptadas ou muitas vezes são vendidas por familiares a redes de pedófilia e prostituição infantil, como é lidar com o sofrimento constante após essa separação das famílias.
Tudo se passa em Banguecoque mas infelizmente não é só lá que existe esta dura realidade...há que terminar com isto!
Muito resumidamente, a autora do livro fala-nos como as crianças são tratadas nos bordéis de Banguecoque...um cliente entra,paga e tem direito às crianças que queira e a fazer o que quiser delas. As vítimas são violadas,espancadas,queimadas com pontas de cigarros, vivem em quartos com um cheiro nauseabundo, rodeadas por sujidade e quanto à comida? Essa é quase inexistente. A maior parte das crianças antes de serem resgatadas morrem nestas condições. Nestes bordéis tudo é doentio...até as pessoas que os frequantam são doentes - os pedófilos - para eles Banguecoque é algo extraordinário, é uma cidade onde é permitido fazer aquilo que não é permitido nos outros sítios - ter relações sexuais com crianças. Julgam que vão para os bordéis satisfazer os seus desejos e dar "amor" àquelas crianças, dizem que ter relações sexuais com uma criança é amor puro e verdadeiro. Grande disparate...estas crianças não sabem o que é o amor, sabem sim é o que é o sofrimento.
Fiquei chocada com os relatos dos pedófilos. Um deles dizia que para ele deveria ser liberalizada a prostituição infantil em todo o lado porque não tinha mal nenhum ter relações sexuais com uma criança, alega que é algo benéfico porque torna as crianças mais maturas. Ainda diz algo inacreditável...se a mulher dele permitisse e se no seu país não fosse crime era ele quem tiraria a virgindade às filhas, defende que as filhas antes de serem entregues a um desconhecido devem-se "estrear" com o pai. Que maneira mais estranha de amar uma filha!Isto é algo terrível...como é possível ainda haver gente com estas ideias...é mesmo uma perturbação mental.
Ao longo do livro deparamo-nos com histórias mais felizes e outras menos felizes...as mais felizes são aquelas em que as crianças são resgatadas e conseguem seguir as suas vidas junto das suas famílias e as menos felizes,aliás mesmo infelizes, são aquelas em que as crianças morrem nos bordéis e aquelas em que as crianças são resgatadas,voltam para as famílias e depois acabam por morrer porque são vitímas de SIDA ou de outras doenças...tudo isto por causa de uns porcos.
Mais uma vez digo...ISTO TEM QUE TERMINAR!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

O Elogio


Há uns dias li um artigo escrito pela psicóloga clínica Sofia Esteves que me chamou bastante a atenção e me fez reflectir...esse artigo falava de algo que à partida toda a gente gosta de receber - o elogio - desde que,como é óbvio,este seja feito com sinceridade. Quem é que não fica contente com um bom elogio? Por vezes até pode ser pequeno, mas por mais pequeno que seja põe-nos o ego lá em cima...sabe como uma rajada de ar fresco em dias de calor tórrido.
A autora do artigo define o elogio da seguinte maneira: "...é como um raio de Sol verbal que surge quando menos esperamos para dissipar as nuvens negras que cobrem os nossos corações e a nossa mente." Concordo plenamente com esta definição, se o elogio for feito num dia em que estamos bem connosco ainda ficamos melhor e se for feito num dia em que tudo à nossa volta é escuro, então essa escuridão parece desaparecer.
A inportância deste gesto é vital para o ser humano.
O elogio permite ao indivíduo sentir que é amado,reconhecido e reconfortado pelo próximo. Como disse anteriormente, todos nós gostamos e necessitamos de ser valorizados pelo outro, pois apesar de sabermos que temos valor, pelo menos convém que saibamos, o ego precisa muitas vezes de ser alimentado por esses mimos que se sentem no fundo da nossa alma. Somos muitas vezes recriminados quando fazemos algo que aos olhos dos outros parece menos bem.
A crítica é uma constante nas nossas vidas...observa-se e dá-se mais importância sobretudo às situações menos positivas.
A autora diz-nos mesmo que é hipocrisia camuflarmo-nos, ao dizer que uma crítica é construtiva, que se está só a chamar à razão ou atenção. Na sua opinião, uma grande percentagem das críticas tem contornos menos posítivos e servem sobretudo para magoar,para fragilizar o indivíduo, trazendo à superfície as suas limitações. Limitações essas que são comuns a todos os seres humanos, ou não fossem seres "ditos inperfeitos". Em seguimento disto o artigo tinha uma frase que me fez pensar: "somos perfeitos na nossa imperfeição"...comentar esta frase torna-se algo complexo e moroso mas de uma forma muito simples vou dizer algo que toda a gente sabe...a máquina humana é a máquina mais perfeita que pode existir mas no entanto, está cheia de defeitos, ou também se pode chamar de imperfeições, maus acabamentos...
Voltando ao assunto das limitações...as limitações que nos possam apontar são apenas as lições que escolhemos nesta vida para aprender. Somos nós que traçamos o caminho passo a passo, que nos vai fazer crescer como pessoas. Se numa etapa do nosso percurso caimos, numa próxima etapa vamos tentar não cair, saltamos o buraco,desviamo-nos... crescer implica cair e levantar muitas vezes. Não há necessidade de criticar, pois a queda já é muito dura e sabemos que não podemos nem devemos voltar a cair.
Há que reconfortar e ajudar a sarar as feridas, mas sem cairmos no exagero de criarmos seres egoístas e egocêntricos. As vítimas nunca foram muito bem vistas na sociedade.
Há que ensinar a analisar as quedas para que com elas se consiga evoluir.