terça-feira, 12 de maio de 2009

LOIRAS, MORENAS...E AS RUIVAS?


Sou ruiva e orgulho-me de o ser, adoro a cor do meu cabelo, é uma das coisas que mais gosto em mim…partindo daqui e partindo de algumas conversas que por vezes oiço sobre "que tipo de rapariga é que os rapazes gostam mais?!" decidi escrever algo sobre o assunto. Pelo que tenho constatado, a maior parte dos rapazes prefere as loiras. Porquê?! Não sei ao certo, mas normalmente quando se pergunta isto a um rapaz as loiras destacam-se, apesar de alguns acharem as morenas com um ar mais exótico! No entanto, sempre achei que as ruivas fossem um bocado postas de parte, pois são raras mas as que existem são bastante bonitas (modéstias à parte :P)!...é bom ser raro, é diferente, peculiar…

VIVA AS RUIVAS…sem desfazer as loiras e as morenas claro.

A ilusão das aparências

Vou lançar aqui uma expressão para reflectirmos um pouco…”Uma imagem vale por mil palavras.” Será que esta expressão se aplica sempre, em toda e qualquer ocasião?
Uma imagem pode ser muita coisa, não tem que ser algo estático…por exemplo, imaginemos que conhecemos uma pessoa linda fisicamente, o primeiro impacto é a sua imagem, aquilo que vemos, mas se as suas palavras não têm nada de interessante, nada que nos cative, essa imagem perde grande parte do seu valor…assim como pode acontecer o contrário, a imagem se calhar não nos agrada, não nos diz o mínimo mas se as palavras forem as melhores…é caso pare dizer “a palavra vale por mil imagens” e essa pessoa pode parecer-nos a melhor do mundo só pelo que diz.
Posto isto, quantas vezes nos recusamos de conhecer as pessoas por causa da sua aparência? É muito comum isto acontecer, excluir alguém por causa das suas características físicas.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Sonho de Mãe Negra

Mãe negra
Embala o seu filho
E esquece
Que o milho já a terra secou
Que o amendoim ontem acabou.

Ela sonha mundos maravilhosos
Onde o seu filho irá à escola
À escola onde estudam os homens

Mãe negra
Embala o seu filho
E esquece
Os seus irmãos construindo vilas e cidades
Cimentando-as com o seu sangue
Ela sonha mundos maravilhosos
Onde o seu filho correria na estrada
Na estrada onde passam os homens

Mãe negra
Embala o seu filho
E escutando
A voz que vem do longe
Trazida pelos ventos

Ela sonha mundos maravilhosos
Mundos maravilhosos
Onde o seu filho poderá viver.


Marcelinho dos Santos (Kalungano) - Moçambique

"O preço duma criança"


Este artigo vem em sequência de um livro que li há uns meses que apesar de ser muito chocante aconselho vivamente a que o leiam...infelizmente aquilo que relata não é fixão, é pura realidade. O próprio título já nos dá uma ideia do assunto - O preço duma criança - Uma criança tem preço? Quanto vale um ser indefeso?Porquê "comprar" ou "alugar" uma criança?
Neste livro é-nos relatado como as crianças são raptadas ou muitas vezes são vendidas por familiares a redes de pedófilia e prostituição infantil, como é lidar com o sofrimento constante após essa separação das famílias.
Tudo se passa em Banguecoque mas infelizmente não é só lá que existe esta dura realidade...há que terminar com isto!
Muito resumidamente, a autora do livro fala-nos como as crianças são tratadas nos bordéis de Banguecoque...um cliente entra,paga e tem direito às crianças que queira e a fazer o que quiser delas. As vítimas são violadas,espancadas,queimadas com pontas de cigarros, vivem em quartos com um cheiro nauseabundo, rodeadas por sujidade e quanto à comida? Essa é quase inexistente. A maior parte das crianças antes de serem resgatadas morrem nestas condições. Nestes bordéis tudo é doentio...até as pessoas que os frequantam são doentes - os pedófilos - para eles Banguecoque é algo extraordinário, é uma cidade onde é permitido fazer aquilo que não é permitido nos outros sítios - ter relações sexuais com crianças. Julgam que vão para os bordéis satisfazer os seus desejos e dar "amor" àquelas crianças, dizem que ter relações sexuais com uma criança é amor puro e verdadeiro. Grande disparate...estas crianças não sabem o que é o amor, sabem sim é o que é o sofrimento.
Fiquei chocada com os relatos dos pedófilos. Um deles dizia que para ele deveria ser liberalizada a prostituição infantil em todo o lado porque não tinha mal nenhum ter relações sexuais com uma criança, alega que é algo benéfico porque torna as crianças mais maturas. Ainda diz algo inacreditável...se a mulher dele permitisse e se no seu país não fosse crime era ele quem tiraria a virgindade às filhas, defende que as filhas antes de serem entregues a um desconhecido devem-se "estrear" com o pai. Que maneira mais estranha de amar uma filha!Isto é algo terrível...como é possível ainda haver gente com estas ideias...é mesmo uma perturbação mental.
Ao longo do livro deparamo-nos com histórias mais felizes e outras menos felizes...as mais felizes são aquelas em que as crianças são resgatadas e conseguem seguir as suas vidas junto das suas famílias e as menos felizes,aliás mesmo infelizes, são aquelas em que as crianças morrem nos bordéis e aquelas em que as crianças são resgatadas,voltam para as famílias e depois acabam por morrer porque são vitímas de SIDA ou de outras doenças...tudo isto por causa de uns porcos.
Mais uma vez digo...ISTO TEM QUE TERMINAR!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

O Elogio


Há uns dias li um artigo escrito pela psicóloga clínica Sofia Esteves que me chamou bastante a atenção e me fez reflectir...esse artigo falava de algo que à partida toda a gente gosta de receber - o elogio - desde que,como é óbvio,este seja feito com sinceridade. Quem é que não fica contente com um bom elogio? Por vezes até pode ser pequeno, mas por mais pequeno que seja põe-nos o ego lá em cima...sabe como uma rajada de ar fresco em dias de calor tórrido.
A autora do artigo define o elogio da seguinte maneira: "...é como um raio de Sol verbal que surge quando menos esperamos para dissipar as nuvens negras que cobrem os nossos corações e a nossa mente." Concordo plenamente com esta definição, se o elogio for feito num dia em que estamos bem connosco ainda ficamos melhor e se for feito num dia em que tudo à nossa volta é escuro, então essa escuridão parece desaparecer.
A inportância deste gesto é vital para o ser humano.
O elogio permite ao indivíduo sentir que é amado,reconhecido e reconfortado pelo próximo. Como disse anteriormente, todos nós gostamos e necessitamos de ser valorizados pelo outro, pois apesar de sabermos que temos valor, pelo menos convém que saibamos, o ego precisa muitas vezes de ser alimentado por esses mimos que se sentem no fundo da nossa alma. Somos muitas vezes recriminados quando fazemos algo que aos olhos dos outros parece menos bem.
A crítica é uma constante nas nossas vidas...observa-se e dá-se mais importância sobretudo às situações menos positivas.
A autora diz-nos mesmo que é hipocrisia camuflarmo-nos, ao dizer que uma crítica é construtiva, que se está só a chamar à razão ou atenção. Na sua opinião, uma grande percentagem das críticas tem contornos menos posítivos e servem sobretudo para magoar,para fragilizar o indivíduo, trazendo à superfície as suas limitações. Limitações essas que são comuns a todos os seres humanos, ou não fossem seres "ditos inperfeitos". Em seguimento disto o artigo tinha uma frase que me fez pensar: "somos perfeitos na nossa imperfeição"...comentar esta frase torna-se algo complexo e moroso mas de uma forma muito simples vou dizer algo que toda a gente sabe...a máquina humana é a máquina mais perfeita que pode existir mas no entanto, está cheia de defeitos, ou também se pode chamar de imperfeições, maus acabamentos...
Voltando ao assunto das limitações...as limitações que nos possam apontar são apenas as lições que escolhemos nesta vida para aprender. Somos nós que traçamos o caminho passo a passo, que nos vai fazer crescer como pessoas. Se numa etapa do nosso percurso caimos, numa próxima etapa vamos tentar não cair, saltamos o buraco,desviamo-nos... crescer implica cair e levantar muitas vezes. Não há necessidade de criticar, pois a queda já é muito dura e sabemos que não podemos nem devemos voltar a cair.
Há que reconfortar e ajudar a sarar as feridas, mas sem cairmos no exagero de criarmos seres egoístas e egocêntricos. As vítimas nunca foram muito bem vistas na sociedade.
Há que ensinar a analisar as quedas para que com elas se consiga evoluir.